Esta academia é um espaço para a autodescoberta por via do espelho do darma, os ensinamentos budistas. Desde que nascemos que somos orientados para viver voltados para fora, o que, inevitavelmente, condiciona-nos a ver e interagir no mundo como separados – “eu” e os “outros”. As implicações desta perspetiva estão à vista. As pessoas vivem numa incessante agitação mental e emocional, stressadas, ansiosas, críticas e autocriticas, tristes, distraídas, anestesiadas para reduzir o ruido interno e reprimir os sentimentos desagradáveis que gritam mensagem de socorro.
A psicologia budista é o estudo da natureza da mente, como a mente funciona e como interage com o meio externo – a relação entre sujeito e objeto. A relação entre a mente e o objeto cria diversas emoções diferentes. São estas emoções que fazem com que a mente seja instável, incontrolável, disfuncional e muito fixa. Não faz o que queremos; faz o que não queremos. Por isso, é importante entender estas emoções, de onde vêm e como afetam o caráter da mente, ou seja, a nós.
A academia surge da minha intenção de criar uma comunidade de praticantes do budismo, uma sangha, com a qual possa partilhar os ensinamentos que recebi de diferentes mestres e, em particular, da minha convivência com o meu principal mestre.
O budismo entrou na minha vida quando estava no fundo do poço depois de um divórcio litigioso traumatizante. Quando achamos que estamos no nosso limite, surge um caminho à nossa frente que oferece uma perspetiva completamente diferente e que pode fazer toda a diferença. Assim foi para mim, e pode ser para ti também.
Porque Estudar o Budismo?
Estudar o budismo é estudar a si mesmo.
O budismo é um conjunto de métodos e técnicas que podem ajudar a tornarmo-nos seres humanos melhores, a aprender a superar e transformar qualidades negativas e, num nível mais profundo, reconhecer a nossa natureza original.
O príncipe Sidarta Gautama, escolheu investigar a sua própria mente de forma a descobrir o sentido da vida. Depois de um longo período de investigação interior, de “erros e acertos”, tornou-se um Buda, aquele que despertou, que viu além dos bloqueios mentais, que compreende a natureza da realidade.
O Buda ensinou oitenta e quatro mil métodos para domar a mente, que se dividiram em três veículos para suprir as diferentes necessidades dos praticantes de acordo com as suas capacidades individuais.
Na Academia Lótus vamos estudar, refletir e meditar sobre os ensinamentos a partir da perspetiva do budismo tibetano (como aprendi).